28 NOV 2017
Deixou o celular cair na água e não sabe o que fazer para recuperar o aparelho? É comum encontrar na Internet algumas dicas como colocar o smartphone no arroz ou secar os resíduos com um secador de cabelo. Mas será que elas funcionam? É possível consertar o telefone em casa, sem ter que levar na assistência técnica?
Para te ajudar com esse problema, o TechTudo foi atrás de especialistas e separou algumas dicas sobre o que se deve ou não fazer quando o celular cair na água. As dicas também são válidas para quem tem um smartphone resistente à água.
O contato com a água pode causar oxidação nos componentes do smartphone, levando o aparelho, até mesmo, a deixar de funcionar, se não for corrigido a tempo. Apesar disso, a retirada da oxidação é um processo que pode ser feito de forma relativamente fácil em alguma assistência técnica.
O componente, no entanto, que costuma apresentar mais defeitos em contato com a água é a placa interna. O professor de eletrônica Aridio Schiappacassa, do CEFET-RJ, destaca que, ao contrário do que a maioria acha, a tela não é o item que corre mais riscos. “As pessoas costumam pensar que a tela é o que vai danificar primeiro, mas, geralmente, são os circuitos internos e o usuário, normalmente, não tem acesso a eles para consertar”, explica.
Apesar disso, o contato com a água pode também provocar algumas manchas no display do smartphone. Esse problema, entretanto, pode ser reparado na assistência técnica. A maior preocupação que o usuário deve ter ao deixar o celular cair na água é com os componentes internos, que são as partes mais importantes do aparelho. O defeito de alguma dessas peças também se reflete no preço de um possível conserto.
De acordo com Felipe Marchese, presidente da rede de assistências técnicas Conserta Smart, o trabalho de reparação de um celular por oxidação pode custar entre R$ 150 e R$ 250. Entretanto, vale lembrar que a troca de uma placa principal, por exemplo, é mais cara e, nesse caso, o conserto pode não valer a pena. Além disso, é importante destacar também que, quanto mais tempo o usuário demorar para levar o aparelho à assistência técnica, menores são as possibilidades de conserto.
Os especialistas são unânimes em relação ao que não fazer logo após o celular cair na água: tentar ligar o aparelho. Às vezes, o usuário fica ansioso para saber se perdeu alguma coisa e acaba ligando o celular logo em seguida. No entanto, a melhor coisa a se fazer é desmontar o smartphone o máximo possível. Isso inclui retirar os chips, cartão microSD e, principalmente, a bateria, se seu aparelho permitir.
Aridio Schiappacassa destaca que a bateria pode causar danos se permanecer no telefone. “Sua própria emissão elétrica pode provocar corrosões nos circuitos elétricos do aparelho e, uma vez corroído, não tem mais o que ser feito.”
Após remover todos os componentes, você deve secar um por um com uma toalha ou pano e dar leves batidinhas para que a água possa escorrer. Marchese afirma que a melhor atitude é levar o smartphone para fazer os reparos necessários: “A água oxida o aparelho e a pessoa não consegue consertar em casa. A assistência técnica vai abrir o celular e fazer a desoxidação”.
Uma das indicações mais comuns do que fazer quando o celular cair na água é colocar o smartphone dentro de um pote de arroz cru. E essa dica pode ser mesmo eficiente: segundo especialistas, o arroz absorve a água que fica acumulada no celular e ajuda a remover a umidade. O ideal é pegar um pote cheio de arroz e deixar o telefone encoberto por completo por, pelo menos, um dia.
A sílica gel também é uma opção para absorver o excesso de água. No entanto, é preciso ter uma grande quantidade de sílica para encobrir o celular. Como o arroz é algo de acesso mais fácil, já que todo mundo costuma ter em casa, pode ser a melhor opção na hora do sufoco.
Apesar de esses produtos ajudarem, eles podem não ser tão eficientes, já que corre o risco de ficar algum resíduo de água no aparelho, podendo gerar uma oxidação no futuro.
Na Internet, também é comum encontrar sugestão de uso de secador ou aspirador de pó quando o celular cai na água. O primeiro é indicado para evaporar a água, enquanto o segundo pode sugar os resíduos que ficaram no smartphone. No entanto, essas ações são pouco recomendadas e exigem cuidado redobrado.
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1748 - 5° andar
Brooklin - CEP 04571-000 - São Paulo/SP