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Pesquisa mostra que maioria ainda não compra pela internet; frete é maior motivo

14 NOV 2018

A aversão por compras online ainda é um receio em transformação no Brasil. Um estudo realizado pela agência de pesquisa Kantar TNS mostra que mais da metade dos brasileiros não compra online, mas a grande maioria se diz aberto a realizar alguma aquisição online no futuro.

 

A pesquisa chamada Connected Life é feita anualmente e em 2018 levantou dados de 70 mil consumidores em 56 países e mais de 100 entrevistas qualitativas em 12 países. Como resultado, o grupo descobriu que 56% dos consumidores brasileiros não compram online, porém 90% deles estão abertos a fazê-lo em algum momento. Isso quer dizer que apenas 10% rejeita efetivamente a ideia de comprar pela internet.

 

Quais seriam os motivos para não entrar no mercado digital? Para 43% dos entrevistados, o valor alto do frete é o principal empecilho na hora de adquirir um produto online. Ainda, 26% prefere ir até a loja para economizar tempo, e 25% considera que a qualidade dos produtos é melhor e mais confiável nas lojas físicas.

 

Em termos de plataforma, a preferida dos usuários ainda é o computador. Ao todo, 74% fazem compras pelo PC, seguido de 31% nos smartphones, 14% nos tablets e apenas 2% por mensagem de voz.

 

“Com esses números é possível perceber o quanto a internet tem impactado a vida das pessoas e, diante disso, as marcas precisam se aprimorar cada vez mais a fim de oferecer um serviço mais completo e acessível ao público”, comenta Luciana Piedemonte, diretora da Kantar TNS.

 

Os números também dão uma dimensão social dos compradores. O estudo informa que o comprador online brasileiro é predominantemente feminino, sendo que as mulheres compõem 59% do compradores. Outro dado é que a faixa etária de quem mais compra pela internet é de 25 a 34 anos.

 

O trabalho de campo foi realizado de maio a agosto de 2017. O conteúdo do estudo inclui consumo de mídia, infraestrutura de dispositivos, atividades digitais, compra (online e offline), perfis de entrevistados, pontos de contato de engajamento da marca, redes sociais e atitudes em relação às marcas e tecnologia.